quinta-feira, 9 de novembro de 2017

CHIQUINHA GONZAGA


Francisca Edwiges Neves Gonzaga, ou Chiquinha Gonzaga, nasceu no Rio de Janeiro em 17 de outubro de 1847 e ali faleceu em 28 de fevereiro de 1935. Foi compositora, pianista, maestrina, feminista e abolicionista.

Era filha natural de José Basileu, militar, e de Rosa Maria de Lima, que era negra e pobre. Recebeu rigorosa educação por influência do pai e foi alfabetizada, além de ter aulas de piano. Aos onze anos de idade compôs uma música. Então decidiu, sempre com a anuência do pai, estudar regência, e em 1858 passou a compor profissionalmente suas polcas.


Ainda por influência do pai, casou-se em 1863 com o comerciante Jacinto Ribeiro do Amaral, de quem se separou quando o marido exigiu que ela deixasse a música. 

Ao voltar para a casa paterna, não foi recebida, e decidiu criar sozinha o filho João Gualberto. Para isso se dedicou a aulas de música e a compor choros. Passou também a integrar o Grupo Choro do Calado, de Joaquim Antônio Calado. Polêmica, utilizava em suas composições o sensual maxixe, dança proibida pela ousadia dos movimentos. O procura aumentou e ela compôs e vendeu partituras para teatro e operetas, todas de grande sucesso.

Suas atividades políticas e pela abolição da escravatura lhe causaram problemas com a polícia várias vezes. E em 1917 ela fundou a primeira entidade de classe brasileira, para defender os direitos autorais: Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (SBAT).

Chiquinha Gonzaga foi autora de grande e misto repertório de músicas que serviram para firmar a identidade cultural nacional. Também é mérito seu levar o violão, até então um instrumento mal visto, para os ricos saraus cariocas.

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